Agora que já apresentamos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, é hora de entende-los melhor e falar sobre o papel das startups e onde elas se inserem nesse ambicioso projeto para resolver os desafios de desenvolvimento enfrentados pelas pessoas do mundo todo.

01. Erradicação da pobreza:
O objetivo é que até 2030 consigamos reduzir pelo menos metade do número de pessoas que vivem na pobreza. Entram nessa medida, por exemplo, projetos que ampliam o acesso a serviços básicos para pessoas em situação de vulnerabilidade. Startups e ferramentas que empoderam e profissionalizam pessoas com menores níveis de escolaridade, por exemplo, podem se inserir nessa medida e ajudar a tornar o mundo menos desigual.

02. Fome zero e agricultura sustentável
Aumentar a produtividade agrícola e garantir que todos tenham acesso a alimentos seguros, nutritivos e suficientes, a fim de erradicar a fome e a desnutrição. Agtechs que apresentam soluções sustentáveis para o aumento da produção, preservação do solo e redução de desperdício são as protagonistas nessa medida, como a iCrop, nossa acelerada do ramo de irrigação. Mas também entram nessa, footechs que se preocupam com o reaproveitamento de alimentos e redução de desperdício, como por exemplo a Restin, outra startup do nosso programa.

03. Saúde e bem-estar
Reduzir a mortalidade e erradicar epidemias como malária, tuberculose e AIDS, além de aumentar o acesso e educação das populações a serviços e informações relacionados a saúde sexual e reprodutiva. Aqui entram as health techs e startups de tecnologia que centralizam os serviços de saúde, por exemplo, além de wearables que ajudam no monitoramento de pacientes, entre diversas outras soluções.

04. Educação de qualidade
Erradicação do analfabetismo e garantia de acesso a ensino de qualidade para todos, incluindo pessoas com deficiência, indígenas e crianças em situação de desvantagem social. É aí que as edtechs podem acelerar os objetivos: soluções e ferramentas que facilitam o acesso ao ensino superior, como a DIGDU, outra acelerada nossa, ou mesmo tecnologias e plataformas que informatizem as instituições de ensino, como a startup Aplicativo Escolar, que também faz parte do nosso programa.

05. Igualdade de gênero
Pelo fim da discriminação de gênero e pelo empoderamento de mulheres através de equidade de oportunidades, salários e direitos. No ecossistema de inovação, o movimento das femtechs vem com tudo para ajudar nesse desafio. Soluções que encorajam e incentivam lideranças femininas e profissionalização em tecnologia voltadas para mulheres são alguns dos passos pra conquistar essa meta.

06. Água limpa e saneamento
Água potável, saneamento e higiene como devem ser: para todos e com a mais perfeita qualidade. Startups de impacto social que desenvolvem soluções que promovam o acesso à agua limpa e serviços básicos de saneamento, juntamente com os governos, protagonizam essa medida nos meios de inovação.

07. Energia limpa e acessível
Aqui o foco não é só o acesso universal aos serviços de energia, mas sim na utilização de energias renováveis e melhoria da eficiência energética. Só no Brasil, existem cerca de 190 startups comprometidas em resolver a questão energética, e os investimentos no setor crescem a cada ano.

08. Trabalho decente e crescimento econômico
Aumentar o PIB dos países menos desenvolvidos e também a diversidade econômica, através de investimentos e incentivo a pequenos negócios. A medida ainda fala sobre os primeiros empregos e como reduzir o desemprego entre os jovens. Nessa, todas as verticais de startups se encaixam, uma vez que elas, em si, podem se enquadrar nos modelos de negócio a serem incentivados e que também focam no jovem profissional para crescer.

09. Indústria, inovação e infraestrutura
Incentivo à indústria e modernização do setor, além de incluir práticas sustentáveis na área. Startups que oferecem soluções para Indústria 4.0 e que propõem ações de ESG contribuem para o objetivo.

10. Redução das desigualdades
Inclusão econômica, social e política de todos, independentemente de idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica, etc.

11. Cidades e comunidades sustentáveis
Cidades sustentáveis e inclusivas, que garantam moradia e transporte seguros para todos. Startups com iniciativas voltadas para smart cities, que pensam em inclusão, urbanismo, mobilidade, digitalização de serviços, conectividade e segurança, sempre sob o viés da sustentabilidade, podem alavancar o avanço dessa medida.

12. Consumo e produção responsáveis
Reduzir o desperdício de alimentos e o índice de perdas durante os processos de produção, além da diminuição da geração de resíduos. Como a já citada, Restin, as foodtechs que se preocupam com a sustentabilidade, e as logtechs, que podem aprimorar os processos de produção, diminuindo as margens de perda, podem oferecer as soluções certeiras para atingir esse objetivo.

13. Ação contra a mudança global do clima
Voltada para os governos, essa medida estimula a capitalização de um Fundo Verde para o Clima e que os países desenvolvidos disponibilizem 100 bilhões de dólares para ações ambientais em países de menor desenvolvimento.

14. Vida na água
Conservar as zonas costeiras e marinhas, e impedir a pesca ilegal e destrutiva, além de trabalhar em função da diminuição da poluição marinha. No meio de inovação, as soluções com Inteligência Artifical são uma tendência na tentativa de melhorar as condições marinhas, diminuir a poluição e impedir a acidificação dos oceanos.

15. Vida terrestre
Conservar os biomas, restaurar o solo e combater o desmatamento e a desertificação, além de combater a caça ilegal e extração ilegal de recursos naturais. Todas as soluções inovadoras que utilizam o viés da sustentabilidade ao olhar para os territórios, principalmente no âmbito florestal e dos biomas terrestres contribuem para esse objetivo.

16. Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Reduzir o armamento ilegal, o crime organizado e a violência, e promover a identidade legal às pessoas e a igualdade de acesso à justiça.

17. Parcerias e meios de implementação
Fomenta o desenvolvimento sustentável e a estabilidade macroeconômica através de parcerias financeiras, tecnológicas, de captação e comércio, além de apoiar a cooperação entre os países.

E aí, acha que essas medidas estão sendo levadas a sério? Dá pra perceber algum avanço? Ainda essa semana, nas nossas redes, falaremos sobre o avanço (ou não) dos ODSs no Brasil e no mundo.

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